martes, 18 de octubre de 2011

Querer, amar e lutar

Ontem fui a casa de umas amigas.
Adoro planos no meio, ou no inicio mesmo da semana.
Uma delas me falou desse poema do Benedetti.

Aqui ele coloca unidas coisas que nem sempre vao juntas, mas que certamente é parte do desejo presente no coraçao daquelas e daqueles que amam e lutam.


¨Tus manos son mi caricia
mis acordes cotidianos
te quiero porque tus manos
trabajan por la justicia
si te quiero es porque sos
mi amor mi cómplice y todo
y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos
tus ojos son mi conjuro
contra la mala jornada
te quiero por tu mirada
que mira y siembra futuro
tu boca que es tuya y mía
tu boca no se equivoca
te quiero porque tu boca
sabe gritar rebeldía
si te quiero es porque sos
mi amor mi cómplice y todo
y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos
y por tu rostro sincero
y tu paso vagabundo
y tu llanto por el mundo
porque sos pueblo te quiero
y porque amor no es aureola
ni cándida moraleja
y porque somos pareja
que sabe que no está sola
te quiero en mi paraíso
es decir que en mi país
la gente viva feliz
aunque no tenga permiso
si te quiero es porque sos
mi amor mi cómplice y todo
y en la calle codo a codo
somos mucho más que dos.¨ Benedetti

martes, 16 de agosto de 2011

Das promesas e amizades

Tenho amigos e muitas, muitas amigas. Nao digo muitas pela quantidade, mas porque sinto e sei que sao muitas já que estao por todas partes, e sempre tem uma, em um lugar ou outro, quando eu preciso.
Esses dias olhando coisas antigas achei cartas de amigas de minha infancia e adolescencia. Nao sei bem porque quando somos meninas escrevemos sempre ¨para minha MELHOR amiga¨, ou ¨para a amiga mais especial do mundo!¨. Que mania!
A verdade é que ninguem é a melhor ou a mais especial. Nao existe hanking da amizade. Existem as pessoas que tocam nosso coraçao e que entram em nossas vidas, em um momento ou outro.
Minhas amigas e amigos me ensinam sobre o mundo, sobre elas e sobre mim mesma. Cada uma a sua maneira. Algumas sao feitas de açucar, se derretem fácilmente, outras sao de madeira, muito firmes mas com o coraçao gigante. Com algumas sonho junto, com outras saio para dançar. Tem aquelas de trocar leituras, tem outras de trocar lágrimas.
Um dia uma amiga me ligou, achei que fosse mais um dos telefonemas especiais que as amigas fazem do tipo, ¨to com um problema enorme com o Excel¨, ou ¨vc pode me dar uma carona¨, ¨me empresta aquele libro?¨, ¨vamos ao cinema?¨. Nao era nada disso, a verdade é que se tratando de uma amiga, dessas amigas para valer, nunca se pode saber o que esperar.
Ela disse ¨Quer ser minha testemunha de casamento?¨, que bonito, até poderia imaginar que uma amiga que se casava me pedisse isso, mas o que seguiu é que foi inesperado. ¨Mas presta atençao, se vc disser que sim, vai ter que ser minha amiga para sempre!¨.
Ela quería dizer que ia compartilhar com uma pessoa a promessa de uma vida em comum e que se eu fosse assinar em baixo, teria que estar ali todo esse tempo. Nao quería uma testemunha para aquele dia, ou aquele ano. Queria uma para a vida que estava construindo.
Naquele dia nao foi só aquele casal que fez uma promessa. Se casaram dois, se uniram varios.
Eu Sarah prometo unir-me a minhas amigas e amigos, por uma parte da minha vida ou por toda ela.

miércoles, 10 de agosto de 2011

A maternidade, os cachorros e o preconceito.


Estava lendo o site de um jornal chileno quando me encontrei com o titulo provocativo, "Mujeres y sus mascotas".
O titulo parece inofensivo, mas revela muitas coisas. O perfil traçado estava claro, mulheres, solteiras, que trabalham.

"Según la experiencia de la veterinaria 5 de cada 10 mujeres adquieren una mascota ya sea para la familia o para que las acompañe en su vida. “Desde pequeñas las mujeres han sido criadas con un instinto maternal que hace que acunen a muñecas o protejan a sus hermanos más pequeños. Cuando esa niña crece, deposita estas necesidades en los hijos o mascotas que adopta como una manera de entregar amor y protección”, cuenta la experta."

Li isso e a pergunta foi obvia, esperta em que? a veterinaria que é esperta em mulheres? Acho que entendi mal, pensei que Veterinaria era outra coisa... Ou será uma esperta em matemática? Claro porque se 5 mulheres de 10 compram um animal de estimaçao, tem outras 5 que não, ou seja se vc é mulher tem a mesma porcentagem de chance de comprar ou não comprar um animal. Conclusão, tanto faz se vc é mulher ou não na hora de decidir se quer um cachorro.

É claro que qualquer pessoa que tenha 15 minutos pode encontrar bobagens machistas pela internet mas essa me chamou atenção, porque revela duas coisas, uma é a ideia de que temos em nós o desejo de ser mães.
A maternidade pode ser uma experiencia incrivel para muitas mulheres, mas não é a opção e o desejo de todas. Para muitas de nós é ou será algo esperado, desejado e vivido com alegria e plenitude. Muitas encontraremos nossa realizaçao em outras coisas, outras experiencias também intensas.
Justamente para que a maternidade seja algo bonito e realizador, tem que ser desejada e não imposta. Nosso lugar no mundo não pode estar definido por nossa biologia, mas pelos nossos sonhos e opções.


"¿A qué se debe esta tendencia?
Pueden ser muchas las razones por que las mujeres prefieren tener mascotas, hoy en día la principal es que ellas postergan el momento de formar familia, debido a que primero prefieren realizarse profesionalmente, sin embargo, muchas se sienten solas a la hora de llegar a sus casas y sienten la necesidad de que alguien las esté esperando cuando llegan, por eso adoptan a una mascota para que las acompañe y entregue cariño.

“Las mujeres buscan lealtad, obediencia y reciprocidad, es decir, que el perro reaccione ante un estímulo, caricia o instrucción que su dueño le ordene. Otro factor importante es el cariño desinteresado que los animales nos pueden entregar”, afirma la experta."

Outra vez a esperta do texto, faz referencia ao segundo tema que aparece mascarado.
A ideia de que se sairmos para o mundo público nunca estaremos realizadas totalmente.
A inofensiva materia afirma que as mulheres que decidem não ter família estão insatisfeitas, sozinhas.Os bichinhos já não substituem só o filho mas potencialmente também o companheiro.

Não quero aqui fazer uma apología ao trabalho, acho que todas e todos que trabalhamos chegamos em casa querendo tranquilidade e carinho.Também há dias em que não existe nada melhor que estar sozinha e desfrutar de um tempo de silencio, porque o mundo é duro mesmo e tem dias que são piores que outros.
Mas não é disso que se trata, essa reportagem não é sobre cachorrinhos, é um resumo de uma ideia cada vez mais comum sobre as mulheres e a legitimidade do direito ao trabalho e seu papel na sociedade.

Sou mulher, sou solteira,alguns dias me sinto sozinha, outros não. Trabalho muito, e sonho com muitas coisas. Não sei se quero ter um filho, mas certamente não quero um cachorro.

http://www.biut.cl/content/biut/2011/08/50-1686-9-mujeres-y-sus-mascotas.shtml



jueves, 4 de agosto de 2011

Quem entende de internacionalismo?

Uma coisa que recentemente tem chamado muito minha atençao sobre o movimento de mulheres é a sua dimensao internacional. Ou melhor dizendo sua dimensao internacionalista.
Sempre falamos de solidariedade feminista e tal, mas exatamente o que isso quer dizer? Nao é simplesmente ser legal com outra feministas. Ou mesmo fazer doaçoes para mulheres em situaçoes dificeis.
Construir uma dimensao internacional para nossa luta baseado na solidariedade é uma caracteristica fundamental do feminismo.Essa trajetória é feita de perceber nossa luta além das fronteiras, além das culturas, afirmando que TODAS as mulheres tem o direito a serem livres.
O internacionalismo que precisamos construir como feministas é esse que reconhece que o especifico é parte da luta global. Que o que vivemos cada uma, vivemos todas.
Solidariedade só existe entre iguais, do contrario é caridade.

¨Increased use of the term “transnational” by feminist theorists
has also implied a critique of the centrality of nations, nationalisms,
and the national scale in political life, including in feminist political
imaginaries. In the work of some, the transnational is a way of
naming the circulation of feminist discourses across various kinds of
difference without reinscribing national(ist) boundaries or invoking
a global-to-local hierarchy among scales of activism. The transnational
thus refers to relations and flows across national frontiers,
while avoiding claims to the universal that accompany the term
“global” and the historical project of global sisterhood (Grewal and
Kaplan 1994; Kaplan, Alarco´ n, and Moallem 1999).¨

¨Como mujer, no tengo patria. Como mujer, no quiero patria. Como mujer, mi patria es el mundo entero (Virginia Woolf)¨

A experiencia feminista de solidariedade internacional tem muito o que ensinar aos outros movimentos. Nao porque saibamos tudo, mas porque no caminhar aprendemos a olhar nos olhos umas das outras, sabendo que o patriarcado está presente na vida de todas e que por isso só o superaremos juntas.

domingo, 22 de mayo de 2011

Fui a Lisboa

Fui a Lisboa. Tudo bonito, comida gostosa, um cheiro de passado e um pouco de melancolía.





"no fundo eu sou um sentimental. Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo ( além da sífilis, é claro). Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, o meu coração fecha os olhos e sinceramente chora.."

"Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço."
(Carta aos Romanos Capitulo 7 versiculo 19)

lunes, 16 de mayo de 2011

Marchar para el mundo transformar: la Acción de 2010 en Brasil

Em Bilbao há uma associação de mulheres imigrantes que se reunem aqui perto de casa.
São todas muito simpaticas, acolhedoras, comprometidas e feministas. Acho que a experiencia de chegar em outro país e ter que se (re)encontrar as tornou mulheres mais abertas e receptivas.
A verdade é que tive a sorte de conhecer-las e a honra de que me pedissem uma contribuição para sua revista. Queriam que contasse um pouco de como foi a experiencia da Açao de 2010 da MMM no Brasil.
Confesso que não ficou dos melhores, ou como um diria um cara que escutei uma vez, deixei assim em traços um tanto impresionistas algumas das minhas impressões sobre aquela experiencia.



La Marcha Mundial de las Mujeres es un movimiento feminista internacional que a cada cinco años organiza acciones internacionales. El 2010 realizamos nuestra tercera acción internacional con un carácter de denuncia del modelo capitalista y patriarcal, de reivindicación y de afirmación de nuestras alternativas desde el feminismo.
Fueron cuatro campos de acción trabajados: autonomía económica de las mujeres, paz e desmilitarización, por el fin de la violencia sexista e por los bienes comunes e servicios públicos.
En Brasil la Marcha Mundial de las Mujeres organizó una marcha de diez días con dos mil mujeres de todo el país. Partimos de la ciudad de Campinas, en el estado de Sao Paulo, el 8 de marzo con un acto público de lanzamiento y terminamos en la capital Sao Paulo el 18 de marzo. En total fueron 9 ciudades y 116 quilómetros recorridos por mujeres de todo el país.
Realizar esa acción en el año de 2010 tenía un fuerte significado histórico. Hacia un siglo que las mujeres socialistas reunidas en Copenhague decidieron establecer una fecha de referencia para la lucha feminista. Sus reivindicaciones por el derecho al voto, por el reconocimiento de sus derechos, por acceso al trabajo y al espacio público aportan una importante reflexión cuanto la auto organización de las mujeres y la actualidad de nuestras reivindicaciones. Era parte de nuestra movilización traer a la memoria los cien años del día internacional de las mujeres.
La organización y formación
Todo el proceso fue organizado por las propias mujeres y empezó casi un año antes. Todos los equipos de trabajo, la programación, el trayecto, el alojamiento, la cocina, el transporte, la salud, la seguridad, etc , fueron objeto de discusiones que pasaban por los estados y que luego sacábamos conclusiones nacionalmente.
Elaboramos una plataforma que enfocaba temas como el aumento del salario mínimo, la autonomía de las mujeres sobre sus cuerpos, por el derecho a las semillas y la denuncia del agronegócio como modelo predatorio siempre estableciendo un puente entre la agenda local y el debate global.
Durante los diez días nos despertábamos a las cuatro de la mañana, juntábamos nuestras cosas y, coordinadas por estados, las llevábamos al caminon que transportaría los equipajes hacia la próxima parada. En seguida recibíamos el desayuno que era repartido por los equipos de trabajo encargados de distribuir para las demás. Poco a poco nos poníamos en filas, y una vez más por estados, nos preparábamos para a las 6 de la mañana empezar el trayecto del día.
Todos los días había actividades de debate político y formación que contemplaban temas de nuestra plataforma y reflejaban una visión política colectiva. Entretanto la formación no se desarrollaba solamente en esos espacios planeados para tal. La convivencia entre mujeres tan distintas, el esfuerzo de caminar todos los días, el reparto de las tareas, los encuentros y desencuentros también fueron parte fundamental de nuestra formación colectiva.
En Marcha con todas…
La solidaridad internacional también fue una marca importante en nuestra movilización. El cierre internacional de la Tercera Acción fue en la Republica Democrática del Congo donde miles de mujeres de todo el mundo, y en especial de otras partes de África, se reunieron para denunciar el conflicto armado y el uso de los cuerpos de las mujeres como botín de guerra.
Como parte de nuestra practica solidaria desde Brasil organizamos una campaña de recaudación de fondos para las organizaciones de mujeres en Haití. La propuesta era que desde nuestra organización militante lográsemos juntar recursos que apoyasen la reconstrucción del tejido social y político de lo cual son parte las organizaciones y movimientos de mujeres en ese país.
Seguiremos en marcha hasta que todas seamos libres era el slogan de la Acción que pronto se convirtió en verso de una música cantada por todas.
Cantábamos por el camino, mientras realizábamos alguna tarea, antes de dormir, a la hora que nos despertábamos. Hasta en el bus de regreso a nuestras ciudades muchas como tímidas, canturreaban o asubiaban el verso que representaba un desafío, una promesa y un compromiso.
Decir que seguiremos en marcha hasta que todas, es un compromiso que asumimos unas con las otras y todas con la lucha de las mujeres. Las mujeres en su diversidad. Todas, es decir, las jóvenes, negras, blancas, indígenas, las lesbianas, las trabajadoras del campo y de la ciudad que juntas somos parte de un movimiento de mujeres amplio y relevante.
Elegir construir un movimiento plural y diverso es fruto de una comprensión de que la libertad solo existe si es para todas. Libres del patriarcado, del racismo, del capitalismo, de las imposiciones del mercado sobre nuestras vidas y nuestros cuerpos. Ser libres, en eso sentido, sólo puede ser una experiencia colectiva.
Una compañera dijo que después de esa acción ninguna de nosotras seriamos más las mismas…era verdad. Nosotras de distintos orígenes, colores, formas y trayectorias compartimos aquellos días una experiencia que seguramente marcó no solamente la historia de cada una pero también del movimiento de mujeres brasileño.

sábado, 12 de marzo de 2011

Mulheres do mundo! Mulheres em luta!

8 de março, dia de luta para nós feministas. Dia de flores para o Mercado.
Dia de batucada, manifestação, militância e, no fim de tudo celebrar nossa Resistência com as companheiras.Pensei como seria esse ano.
Não estou junto aquelas com quem construo o movimento de mulheres, me sentia estanha. Com quem ir para o 8? Rapidamente tentei juntar algumas colegas do curso que sei que se solidarizam com a luta feminista. Saímos da aula e fomos correndo. Elas animadas, eu aliviada porque não estaria só.
Chegando escuto um som que me é familiar, tum, tatata,tum, tum, tum. Uma Batucada!!!
Mamiki, a comparsa feminista de Bilbao tem um grupo de percussão bastante organizado, com instrumentos bacanas e etc. “que bom” pensei, “um pouco de animação, já que as mobilizações aqui costumam ser bastante silenciosas”.
Começamos a caminhada pela Gran Via e logo escuto: “lalalala, ehhh feminismo”. Essa eu conheço!!! Inevitável, tive que me juntar a essas e dizer que também cantamos isso no Brasil.
Na seqüência, vejo que há uma movimentação distinta, algo raro. As mulheres que iam à frente da mobilização param. “Será algum problema com a polícia?”. De repente.... Começam a correr. Não era a polícia. Estavam fazendo aquela corridinha como a que fazemos na Fuzarca! Caramba, tá tudo dominado!
Chegamos para a leitura do manifesto. A denuncia de um caso de estupro e do recortes socais me lembram os nossos 8 de março também.
Falam em castelhano e em euskera, mas no fim sei que todas usamos a mesma linguagem ao falar do patriarcado e do capitalismo.
As reformas da previdência do Estado espanhol foram explicitamente uma demanda dos setores privados. O governo aceitou, as centrais sindicais estatais assinaram e as mulheres vão pagar com seu trabalho.
A receita pode mudar de ingredientes, mas no fim o trabalho e o tempo das mulheres seguem sendo apropriados pelo sistema para isentar o Estado de suas responsabilidades e garantir o lucro dos capitalistas.
Não há projeto de transformação possível que não considere a desigualdade entre homens e mulheres. Aprendi isso na Marcha Mundial das Mulheres quando falamos que queremos mudar o Mundo para mudar a vida das Mulheres e mudar a vida das Mulheres para mudar o Mundo.
Aprendi também que quando falamos de mundo, é todo o mundo, o mundo inteiro. Não nos seve que seja só uma parte, não nos serve a liberdade em um só lugar. A luta feminista ganha sentido porque é de todas e para todas as mulheres.
Vigínia Wolf fala que “Como mulher, não tenho país. Como mulher, não quero ter país. Como mulher, o meu país é o mundo inteiro”
Somos das Filipinas onde o movimento luta contra o trafico e exploração sexual das mulheres, somos da Colômbia denunciando a presença de bases militares estrangeiras que controlam o território e a vida das mulheres. O feminismo também está nas ruas na Republica Democrática do Congo denunciando o uso dos corpos das mulheres como instrumento de guerra, ou no Brasil onde reivindicamos autonomia sobre os nossos vidas e corpos. Contra o capitalismo e o patriarcado global nosso desafio é organizar as mulheres em todo o mundo falando e alto e bom tom que frente a injustiça e desigualdade nossa luta segue.
Viva a luta das mulheres por dias diferentes, um amanha lilás e um mundo muito, muito melhor!

miércoles, 9 de marzo de 2011

Should Blacks Represent Blacks and Women Represent Women? A Contingent “Yes”

miércoles, 23 de febrero de 2011

São os dias de chuva

Hoje tive a curiosidade de escrever a palavra saudade no google.es e ver o que aparecia. Encontrei com essa definição do Wikipedia.
"Saudade del latín solitatemsoledad, es un vocablo incorporado al español empleado en portugués y también en la lengua gallega, que describe un profundo sentimiento de melancolía producto del recuerdo de una alegría ausente, y que se emplea para expresar una mezcla de sentimientos de amor, de pérdida, de distancia, de soledad, de vacío y de necesidad. Saudade es la sensación que permanece cuando aquello que una vez se tuvo, material o inmaterial, que en su momento permitía disfrutar alegría y euforia se ha perdido y se extraña y el hecho de recordarlo, tenerlo de nuevo o pensarlo, produce una sensación de volver a la vida.
El término, de extensa y ambigua definición, ha sido considerado uno de los más difíciles de traducir, y es uno de los conceptos clave de la lengua y de la cultura en Portugal y Brasil. Saudade es la emoción predominante tras el fado, el samba y la bossa nova brasileña.
Como ejemplo de la riqueza y profundidad de su significado se puede mencionar el movimiento literario-espiritual, a principios del siglo XX en Portugal, conocido como saudosismo y promovido especialmente por el escritor Teixeira de Pascoaes. Su gestación y fundamento se dio a través de la saudade y, hasta el día de hoy, mantiene una influencia significativa en la cultura de aquellos países. Dentro de los nombres que formaron parte de esta escuela se encuentra Fernando Pessoa."
Pensei o quanto essa noção 'e constitutiva da nossa identidade,ou pelo menos da minha. 
Foi quando um basco me disse, "não se preocupe vai passar, são só os dias nublados e de chuva."
Realmente, eles não entendem. 
Mesmo sabendo que eles não entendem, e nem entenderão, estou segura que quando partir vou sentir essa coisa. Essa que só nós conhecemos. Essa que chama saudade.

miércoles, 2 de febrero de 2011

Escrevendo o que está na cabeça

Hoje pensei várias vezes que precisava atualizar o blog.
Não queria faze-lo como uma especie de obrigação chata mas sim como expressão de disciplina com as coisas que me proponho...
Não sei se me explico ou se me complico com essa afirmação.'
A idéia de ter um blog era que as pessoas pudessem saber o que tenho feito, por onde ando, que tenho pensado. Assim segue um potpourri de informações, sem muita ordem só uma narrativa caotica.

1) Ando com vários trabalhos pendentes do Master.
Não tantos que justifique não fazer outras coisas, mas o suficiente para ocupar todo o meu tempo.
2)Hoje fiz lentilha para o almoço, ficou gostoso. Não como a que comi ontem na universidade mas, tenho que admitir que, muito melhor do que as ultimas comidas fiz. Nunca fui grande cozinheira, mas me garantia. Ultimamente não sei o que me passa mas não acerto uma...
3)Faz frio esses dias, já quase não tenho paciencia para tanto casaco. Dizem que logo vai melhorar. Ao menos é o que afirma a moça do tempo, aliás ela poderia me dar um pouco né.. Um pouco mais de tempo para o tanto que tenho para fazer seria ótimo!
4)Esse fim de semana vou a Santiago de Compostela. Dizem que o caminho é incrivel mas não vou andando.Vou de avião. Ao menos dessa vez.
5)Estou escrevendo um trabalho com um titulo bonito mas não estou muito segura do conteúdo, porque para ser sincera tenho prestado mais atenção a cobertura dos protestos no Egito do que aos textos que li essa semana.
6)Abri uma garrafa de vinho esses dias e estou tomando sozinha. Um pouco cada dia se não estraga, vira vinagre! Alguma vezes me questiono em silencio, será que tenho tendencias a alcoolismo? humm Acho que não.

7)Essa semana começou uma disciplina nova do Master e confesso que não tenho paciencia para certas discussões! Sei que é feio, mas essa semana escutei que se queremos ter relações mais profundas devemos falar do que vai ao nosso intimo. E no meu intimo, tem bem pouca paciencia para certas pessoas e assuntos...
Como dizem no twitter prontofalei.

E falei mesmo, narrando meus pensamentos com 7 das coisas que nesse momento estão na minha cabeça.
Usei 14vezes a palavra não, e acho que isso quer dizer alguma coisa,talvez possa usar isso no meu trabalho de Sociologia...Sério mesmo? ah de verdade, já está tarde não tenho mais tempo para pensar sobre isso, Mas se ao menos a moça do canal 13 me desse um pouco..Vou ligar o aquecedor, e fazer um chá! ou poderia ver o noticiario sobre as manifestações...
Acho mesmo é que tenho que ir dormir.

domingo, 9 de enero de 2011

Calle Fika numero 33


Antes eu vivia na 313. Um dia meus pais decidiram que seria melhor viver na QL12.
Logo o tempo passou e pude eu mesma decidir. 
2112, em uma rua carinhosamente chamada de Teodoro foi minha eleição.
Depois, assim meio sem querer mas querendo muito, vim parar no numero 33. 
Chamam esse lugar de Fika, com K mesmo, de forma que não se preocupem, eu voltarei.... 
mas não sem levar comigo essas coisas que Ficam na memoria e na historia.
Lembrei assim da Musica do Antunes, que me faz pensar que a casa não é só um lugar, são muitos.
 No meu caso todos esses...e espero que muitos outros que virão


Na nossa casa amor-perfeito é mato

E o teto estrelado também tem luar
A nossa casa até parece um ninho
Vem um passarinho pra nos acordar 
Na nossa casa passa um rio no meio
E o nosso leito pode ser o mar

(...)A nossa casa é de carne e osso
Não precisa esforço para namorar

A nossa casa não é sua nem minha
Não tem campainha pra nos visitar
A nossa casa tem varanda dentro
Tem um pé de vento para respirar

A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar 
A nossa casa é onde a gente está
A nossa casa é em todo lugar