sábado, 12 de marzo de 2011

Mulheres do mundo! Mulheres em luta!

8 de março, dia de luta para nós feministas. Dia de flores para o Mercado.
Dia de batucada, manifestação, militância e, no fim de tudo celebrar nossa Resistência com as companheiras.Pensei como seria esse ano.
Não estou junto aquelas com quem construo o movimento de mulheres, me sentia estanha. Com quem ir para o 8? Rapidamente tentei juntar algumas colegas do curso que sei que se solidarizam com a luta feminista. Saímos da aula e fomos correndo. Elas animadas, eu aliviada porque não estaria só.
Chegando escuto um som que me é familiar, tum, tatata,tum, tum, tum. Uma Batucada!!!
Mamiki, a comparsa feminista de Bilbao tem um grupo de percussão bastante organizado, com instrumentos bacanas e etc. “que bom” pensei, “um pouco de animação, já que as mobilizações aqui costumam ser bastante silenciosas”.
Começamos a caminhada pela Gran Via e logo escuto: “lalalala, ehhh feminismo”. Essa eu conheço!!! Inevitável, tive que me juntar a essas e dizer que também cantamos isso no Brasil.
Na seqüência, vejo que há uma movimentação distinta, algo raro. As mulheres que iam à frente da mobilização param. “Será algum problema com a polícia?”. De repente.... Começam a correr. Não era a polícia. Estavam fazendo aquela corridinha como a que fazemos na Fuzarca! Caramba, tá tudo dominado!
Chegamos para a leitura do manifesto. A denuncia de um caso de estupro e do recortes socais me lembram os nossos 8 de março também.
Falam em castelhano e em euskera, mas no fim sei que todas usamos a mesma linguagem ao falar do patriarcado e do capitalismo.
As reformas da previdência do Estado espanhol foram explicitamente uma demanda dos setores privados. O governo aceitou, as centrais sindicais estatais assinaram e as mulheres vão pagar com seu trabalho.
A receita pode mudar de ingredientes, mas no fim o trabalho e o tempo das mulheres seguem sendo apropriados pelo sistema para isentar o Estado de suas responsabilidades e garantir o lucro dos capitalistas.
Não há projeto de transformação possível que não considere a desigualdade entre homens e mulheres. Aprendi isso na Marcha Mundial das Mulheres quando falamos que queremos mudar o Mundo para mudar a vida das Mulheres e mudar a vida das Mulheres para mudar o Mundo.
Aprendi também que quando falamos de mundo, é todo o mundo, o mundo inteiro. Não nos seve que seja só uma parte, não nos serve a liberdade em um só lugar. A luta feminista ganha sentido porque é de todas e para todas as mulheres.
Vigínia Wolf fala que “Como mulher, não tenho país. Como mulher, não quero ter país. Como mulher, o meu país é o mundo inteiro”
Somos das Filipinas onde o movimento luta contra o trafico e exploração sexual das mulheres, somos da Colômbia denunciando a presença de bases militares estrangeiras que controlam o território e a vida das mulheres. O feminismo também está nas ruas na Republica Democrática do Congo denunciando o uso dos corpos das mulheres como instrumento de guerra, ou no Brasil onde reivindicamos autonomia sobre os nossos vidas e corpos. Contra o capitalismo e o patriarcado global nosso desafio é organizar as mulheres em todo o mundo falando e alto e bom tom que frente a injustiça e desigualdade nossa luta segue.
Viva a luta das mulheres por dias diferentes, um amanha lilás e um mundo muito, muito melhor!

miércoles, 9 de marzo de 2011

Should Blacks Represent Blacks and Women Represent Women? A Contingent “Yes”